top of page

uma criação de Isabel Costa e Tânia Dinis

[Cinema / Performance / Arquivo]

com a população sénior nas freguesias de Vilar/Mosteiró, Aveleda, Malta/Canidelo, Vilar do Pinheiro e Guilhabreu,

no âmbito da Operação PECIS – Programa de Envelhecimento (Cri)ativo com Impacto Social,

do Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas de Vila do Conde.

Os arquivos reúnem, preservam e organizam documentações que nos mostram acontecimentos do passado. Constituem fontes de conhecimento que nos dão acesso aos factos supostamente verdadeiros, principalmente quando o suporte fotográfico funciona como veículo da memória. A fotografia fixa um momento, identidades e constitui uma micro-história, mas não nos relata tudo. Existe um espaço de fronteira em relação ao qual nos falta a total memória daquela fotografia. É na procura constante pela verdade do que vemos, que o arquivo nos dá a possibilidade de pensar ou repensar várias perspectivas, manipulando e revisitando o que será, ou não, realmente verdade nestes arquivos e, por conseguinte, na sua memória e história. Podemos construir a possibilidade de criar e/ou ficcionar factos, transformando a memória, aqui, para este trabalho, um repositório de memórias orais, num dispositivo potenciador da construção de uma narrativa.

Para este filme, o foco será nos seus territórios, as suas histórias, as suas populações, por isso, pretendemos uma viagem não só por fotografias, mas também, por outros documentos visuais, filmes, objectos, recolhas de memórias, histórias orais, mitos, saberes, rituais, quotidianos, documentar e confrontar práticas e conhecimento passadas de geração em geração como por exemplo a agricultura, criação de animais, transformação industrial nos seus territórios, os impactos ambientais.

A memória pretende salvaguardar e eternizar momentos reais de forma quase sagrada, como registro de alguma genealogia e cronologia familiar que possibilita o posicionamento e entendimento de uma identidade, da sua mudança econômica, social e cultural, pois a cultura é algo que se cria constantemente, que é moldada e refeita pelas mãos de quem a vive.

Uma reinterpretação livre de registos íntimos, fugazes, subtis e o confronto com os mesmos, sendo uma etnografia de interior, de pequenas histórias sobre as pessoas que habitam estes territórios. Uma memória como lugar de resistência de não querer esquecer, onde é espaço e tempo, onde se pode regressar.

__

Direção e Co-criação Tânia Dinis

Curadoria, Assistência e Co-criação Isabel Costa

Grafismo Bernardo Sousa Santos

Equalização Pedro Marinho

__

Estreia

Junho / Julho 2025 | Auditório Municipal de Vila do Conde

  • Facebook - Black Circle
  • Instagram - Black Circle
  • Black Vimeo Icon
bottom of page